Dr. Luiz Lavinsky

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Presidente de 1994 a 1995

"Minha gestão na presidência da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) se iniciou em assembleia realizada em Porto Alegre, durante a X Reunião da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), que também presidi, com aproximadamente 800 participantes. Com os recursos auferidos neste evento, houve um aporte financeiro para a SBO, que propiciou várias ações, tais como:             

  1. Contratação de secretária;             
  2. Lançamento da "Campanha dos Mil Sócios". Chegamos a 900 sócios, devidamente certificados, e foi organizado um cadastro entregue ao presidente sucessor;             
  3. "Programa de Fascículos Colecionáveis", com ícones da otologia nacional e internacional, distribuídos mensalmente, e armazenados em álbum também distribuído;             
  4. "Programa de Cursos Via Satélite", pioneiro na Otorrinolaringologia, no qual um grupo de colegas de reconhecido saber dava minipalestras, transmitidas pela TV Cultura de São Paulo, com sinal para todo país. Destinavam-se aos auditórios da Embratel nas principais capitais, nas quais havia um otologista que moderava o evento. Finalmente, foram produzidas fitas de videocassete, distribuídas pelo então laboratório Byk Procienx;             
  5. Foram criados grupos de trabalho de defesa profissional em Otologia Ocupacional, embrião do Departamento de ORL Ocupacional; e outros que não tiveram vigor e continuidade, como o de Protetização Acústica;              
  6. Agregamos à Reunião Científica da SBO o "Encontro Brasileiro de Trabalhos Científicos", que dava tônus a ela. E que, logo após, passou a fazer parte também dos Congressos da ABORL-CCF. Teve excelente receptividade entre os pesquisadores da época, e se manteve até o VI Encontro. Depois dele, foi suprimido sem razão conhecida.

Acho que deve ser retomada com urgência a formação de um quadro de sócios.

Uma sociedade sem sócios, com associados de outra, é pelo menos inusitada. É um departamento da outra, e não uma sociedade. Igualmente importante, seria um programa de educação continuada em moldes contemporâneos, que propiciaria uma maior adesão à SBO.

Deveríamos, além disso, retomar a formação de grupos de trabalho para dar vigor a nossa atividade otológica, discutindo e implementando avanços na defesa profissional e na difusão de diretrizes. Por exemplo, quando coordenamos, por alguns anos, o Comitê de Implante Coclear, tínhamos que ser ouvidos pelo Ministério da Saúde para credenciar novos grupos.

Até onde eu saiba, isso não ocorre mais. Finalmente, acho que, como ocorre com a administração pública do país, as gestões sucessoras não têm compromisso com projetos em andamento.

Surgem novas formatações e isso impede que tenhamos tradição em procedimentos, e, consequentemente, processo de qualificação. Acho que somente um Comitê Gestor Específico poderia modificar propostas aprovadas e implementadas."

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