Milhões de brasileiros vão cair na folia em meados de fevereiro. Paulo Roberto Lazarini, presidente da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), recomenda aos foliões, contudo, cuidados com a audição. "O som dos trios elétricos atinge 130 decibéis, equivalente ao de um megashow de rock, potencializado pelas condições ambientais", observa.
A saída pode ser um protetor auditivo com filtro, com o qual se ouve a música sem o excesso de ruído. Outra ameaça à saúde auditiva está nos clubes com bailes carnavalescos, com picos de até 120 decibéis em ambiente fechado.
Lazarini sugere que os aficionados do carnaval informem-se nas prefeituras sobre os limites de som permitidos nos trios elétricos, e nos bailes para adultos e crianças. Nos desfiles de escolas de samba, a dica é não ficar perto das caixas de som e, se possível, usar protetores auditivos.
O especialista lembra, ainda, que as pessoas que trabalham no carnaval - músicos, seguranças, pessoal de apoio aos carros alegóricos, vendedores ambulantes, dentre outros - também devem utilizar protetores.
Além disso, como o Carnaval ocorrerá entre os dias 14 e 17 de fevereiro, no auge do verão, há mais risco de otites externas, provocadas pela conjugação de calor e umidade em piscinas e no litoral.
"Quem já tiver coceiras, escamações ou infecções no ouvido, deve redobrar os cuidados com os ruídos carnavalescos, para não agravar a situação. Vá ao otorrinolaringologista, que prescreverá o tratamento e as precauções necessárias para cada caso."